
Na tentativa de costurar uma aliança com o Partido Progressista (PP) na corrida rumo ao Palácio do Planalto, o governador Aécio Neves (PSDB) se reuniu ontem com mais de 20 lideranças estaduais e nacionais pepistas. Após almoço na capital, o tucano deixou clara sua intenção de consolidar uma relação mais próxima para construir um projeto além das fronteiras do Estado.
Ao lado do governador, que disse que se depender de seu empenho pessoal a aliança do PP com o PSDB em Minas poderá ser nacionalizada em 2010, os líderes do PP deixaram claro que a possibilidade de uma composição futura teria mais chances caso Aécio seja escolhido como presidenciável tucano. O mineiro disputa a indicação como candidato do PSDB com o governador de São Paulo, José Serra. "Entre ele e o Serra, acho que ele ganha disparado", afirmou o líder do partido na Câmara, deputado Mário Negromonte (BA) - um ex-tucano aliado de Aécio, se referindo à preferência do seu atual partido. Apesar de registrar sua empatia por Aécio Neves, o presidente nacional do PP, senador Francisco Dornelles (RJ), ressaltou que as respostas à sucessão presidencial virão com o tempo.
"O governador de Minas está fazendo uma administração fantástica e achamos que ele será um grande presidente da república. Agora, temos que discutir a sucessão dentro de um contexto mais amplo, tendo em vista as instituições do PSDB e PP", disse Dornelles. O PP integra a base do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ainda não discutiu o projeto 2010 com o Partido dos Trabalhadores (PT).
Negromonte afirmou que já existe uma premissa de que os Estados estarão liberados para fazerem as alianças que forem importantes para o partido. Em tom de brincadeira, o parlamentar declarou que teria feito um convite para Aécio Neves integrar o PP. Mas Dornelles respondeu que esse "seria mais um dos convites recebidos pelo governador".
Quanto à parceria em território mineiro entre PP e PSDB, o presidente nacional dos progressistas classificou como "quase como irmãos siameses". Segundo ele, a relação entre PP e PSDB é muito profunda e tende a ficar cada vez mais estreita.
O senador também expôs seu desejo em ver o presidente da Assembleia de Minas, o deputado Alberto Pinto Coelho, compondo uma chapa para a disputa ao governo do Estado com o vice governador Antonio Anastasia (PSDB).
Com informações de O Tempo
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