sábado, 4 de abril de 2009

Prévias vão combater 'efeito PAC'


O crescimento da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) nas pesquisas de intenção de votos para a sucessão presidencial de 2010 acendeu uma luz de alerta para o grupo político que cuida da pré-candidatura do governador Aécio Neves. Isso porque foi identificada uma relação de causa e efeito entre a agenda de exposição pública a que a ministra tem se submetido e o avanço dos seus índices de popularidade. Até então uma desconhecida do grande público, Dilma superou o governador em um ponto percentual, pela pesquisa CNT/Sensus divulgada segunda-feira.


Na visita que fez na noite de quinta-feira ao Palácio das Mangabeiras, o presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra, atribuiu esse crescimento da candidata petista à sua presença constante nas inaugurações de obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Aécio afirmou ontem que vai fechar com o governador José Serra, depois da semana santa, uma agenda de viagens pelas prévias do PSDB. O objetivo dessa agenda, segundo Guerra, é fazer frente à exposição da adversária tucana. Para este mês já está fechado um encontro do PSDB com prefeitos de todo o país, dia 16, em Brasília.


Para os tucanos, mesmo passando por uma anemia profunda no desembolso de recursos, o PAC tem servido para acelerar o crescimento da candidatura patrocinada por Lula. A leitura tucana é de que as viagens e a exposição pública nos eventos da presidência turbinam a imagem positiva da candidata e a memória do eleitor. Essa leitura da última pesquisa CNT/Sensus já foi processada pelo grupo que trabalha a pré-candidatura do governador. Guerra está convicto de que as prévias tucanas poderão ser o contraponto ao “efeito PAC” vivido por Dilma.


Exposição


“O Aécio precisa se expor mais para crescer fora de Minas, pois aqui ele já tem 90%”, engrossa o deputado e primeiro-secretário da Câmara Federal, deputado Rafael Guerra. “No momento que o Aécio começar a se expor, ele vai crescer para valer”, também está convencido o deputado Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG). Para ele, a candidata da situação só não registrou maior avanço na última pesquisa devido à própria queda da avaliação do presidente – Lula perdeu 10 pontos percentuais de aprovação popular, segundo a mesma pesquisa. “Sem dúvida que o retrocesso na popularidade de Lula refletiu negativamente no ritmo de crescimento dos índices de aprovação da ministra”, afirma Abi-Ackel.


O parlamentar acredita que, muito mais que o PAC em si, a "exposição pública é tudo" quando se pensa em campanha eleitoral. Acredita-se que os bons índices obtidos por Serra nas últimas pesquisas são fruto de recall de sucessivas campanhas, que mantém seu nome sob exposição pública a cada dois anos, desde 2002, quando perdeu a eleição para Lula.


Com informações do Estado de Minas

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