O governador de Minas Gerais, Aécio Neves, afirmou hoje que a grande dificuldade do PSDB nas eleições presidenciais do ano que vem será encontrar bandeiras que deixem claro para o eleitor as diferenças de propostas entre o partido e o PT.
"Depois que o presidente Lula aceitou a cartilha macroeconômica do governo do presidente Fernando Henrique, e felizmente fez isso, não há distinção muito clara (entre os dois partidos) para as pessoas", disse Aécio, que participou do encerramento do Fórum Econômico Mundial para a América Latina, realizado no Rio.
O político mineiro afirmou que as prévias poderão ser um instrumento importante não apenas para definir o candidato tucano à sucessão do presidente Lula, mas também para ajudar o partido a encontrar as "quatro ou cinco bandeiras" que serão defendidas na campanha presidencial do ano que vem. Aécio ressaltou que a definição dessas bandeiras será fundamental também para que o PSDB esteja apto a conseguir o apoio de alguns partidos que hoje compõem a base de sustentação do governo Lula.
"Se conseguirmos apresentar uma proposta nova, otimista para o Brasil, que passe pela gestão pública de qualidade poderemos atrair setores que hoje estão na base do presidente Lula", destacou ele, acrescentando que em breve os tucanos deverão tentar fortalecer o apoio de Democratas e PPS. "Em Minas eu tenho apoio de partidos como PSB e PDT. Não é algo artificial, essas possibilidades existem", acrescentou.
Aécio frisou que não tem preferência a respeito de uma data para as prévias e garantiu que apoiará o atual governador de São Paulo, José Serra, caso seja derrotado. Entre as bandeiras que podem ser levantadas pelo PSDB durante a campanha, Aécio deixou claro que uma delas pode ter a ver com o aumento de gastos efetuado pelo atual governo.
"A lógica do governo foi da gastança sem contrapartida e o preço nós estamos vendo agora. No momento em que a crise se agrava, o crescimento do custeio tem impacto direto na redução dos investimentos", criticou Aécio.
O governador disse ainda que, caso a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, seja candidata à sucessão de Lula no ano que vem, haverá a garantia de uma campanha "de alto nível".
"O presidente tem toda legitimidade de apresentar, apoiar e pedir votos para o seu candidato", ponderou o governador de Minas.
Com informações do Valor Online
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