O governador de Minas, Aécio Neves, que disputa com o governador José Serra (SP) a indicação tucana para disputar a Presidência, foi ovacionado ao desembarcar nesta segunda num hotel na Praia de Tambaú, onde o partido realizou o seminário "O PSDB e as políticas sociais: passado, presente e futuro". Serra, que era aguardado, não apareceu. O encontro serviu ainda para antecipar o tom que deve prevalecer nos palanques de 2010 em relação ao Bolsa Família, chamado pelos tucanos de uma continuação de iniciativas do ex-presidente Fernando Henrique.
O presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), discursou:
- Não estão em discussão o pai nem a mãe da criança. Ao longo do governo Fernando Henrique, houve ação no campo social relevante de várias formas, que depois amadureceram no formato do Bolsa Família. Ao longo do mandato de Lula, é óbvio que o amadurecimento do Bolsa Família foi grande. Teve consolidação nacional, que reconhecemos. O que temos que ter como partido é a noção de que vamos avançar, jamais recuar. Não queremos olhar pelo retrovisor, mas para a frente.
Discussões à parte sobre os programas sociais, quem roubou a cena foi Aécio. Após falar dos "exemplos de gestão do PSDB e do DEM", discursou como candidato para os cerca de 1,5 mil militantes no auditório:
- Iniciamos hoje (segunda) nossa caminhada, e espero que seja vitoriosa. Estou com serenidade para fazer a agenda de 2010. Não sou movido por nenhum sentimento de obsessão. Ganhamos duas (eleições presidenciais), perdemos duas e não dá para perder a próxima. Não queremos só chegar ao poder. Queremos chegar ao poder para transformar o Brasil, como fizemos durante o governo FH.
Pouco antes, Aécio definiu o que entende por "pós-lulismo":
- Precisamos mostrar o que pretendemos fazer com aquilo que chamamos de pós-lulismo, quais as etapas que não foram vencidas, as reformas que ficaram por fazer, quais os programas de desenvolvimento regional necessários e quais os sociais que precisam ser aprimorados.
Com informações de O Globo
ELEIÇÕES 2010
ResponderExcluirAÉCIO OU SERRA? (PARTE 01)
Após 15 anos de Governos Paulistas, Minas Gerais se une em torno do nome de seu Governador, Aécio Neves, para ocupar o mais alto cargo executivo do País. Muitos comentários são apresentados nos jornais, revistas, internet e principalmente nas Casas Legislativas de todo o Brasil. Não é por menos. Com a impossibilidade da candidatura de Lula e a falta de um nome no PT com tamanha expressão, abre-se um leque de especuladores e pretensos candidatos ao Palácio do Planalto. Vejamos: Aécio Neves, José Serra, Ciro Gomes, Heloísa Helena, Cristovam Buarque, e a candidata do Governo Federal Dilma Rousseff. Cada qual com seus prós, mas principalmente com seus contras. Há um esforço muito grande dos secretários e assessores do Governador Paulista em consolidar de vez o nome dele como o candidato tucano ao pleito de 2010. Um tiro que pode sair pela culatra. Esquecendo que em termos de habilidade política, o Governador de Minas herdou bagagem de sobra com seu avô, o inesquecível Sr. Tancredo Neves, que sempre muniu seu neto com as informações mais valorosas da Política Brasileira. Em relação a todos acima citados, Aécio é o candidato com menor rejeição, quase zero, e com maior potencial de crescimento. Se esses dados por si só não bastassem, Aécio possui um bom relacionamento na maioria dos partidos, até mesmo aqueles que atualmente compõem a base do Governo Federal. Os senadores peemedebistas José Sarney e Hélio Costa já declaram apoio ao Projeto de Aécio rumo ao Palácio do Planalto. José Sarney chegou a declarar em jantar na Capital Mineira que, como dever ético-moral e por acompanhar de perto a política mineira, em uma eventual candidatura de Aécio não poderia deixar de apoiá-lo. Se com o PMDB Aécio já conta com um ministro e o Presidente do Senado, nos outros partidos seu projeto pode caminhar de vento em poupa, vejamos: O PP que já é aliado de primeira ordem do Governador em Minas Gerais, inclusive tendo o Presidente da Assembléia, Dep. Alberto Pinto Coelho, como seu leal defensor, ainda computa o apoio do Tio de Aécio, o Senador Francisco Dornelles - Presidente Nacional da legenda, que não esconde a admiração à administração do governador no 2º colégio eleitoral do país. No caso do PSB, partido que conta com três governadores, os planos de Aécio também não sofrerão turbulências, visto o sucesso da majorada aliança costurada pelo Governador Mineiro para a campanha vitoriosa na cidade de Belo Horizonte. O Prefeito eleito, Márcio Lacerda – PSB, não apenas apóia os planos de Aécio, mas também lhe deve a retribuição do apoio irrestrito que o Governador lhe deu, desde quando ainda era secretário estadual. Ainda no PSB, é notória uma afinidade de Ciro Gomes com o Governador Mineiro. Em se tratando do PDT, no estado de Minas Gerais o Governador Aécio Neves conta com o apoio de todos os parlamentares em exercício e com a maioria dos 51 prefeitos eleitos. No caso do PDT é importante salientar ainda, o possível apoio do ex-governador do Distrito Federal, ex-ministro da Educação, e atualmente Senador, Sr. Cristovam Buarque, que no início da década de 80 apoiou a candidatura de Tancredo Neves para as eleições indiretas, inclusive sendo assessor econômico da equipe de Tancredo para elaboração do plano de reestruturação da SUDENE. Para não delongar essa conjuntura, limito-me aqui, a reunir o DEM, PPS e PTB em um bloco que, qualquer que seja o cabeça de chapa da oposição ao Governo Lula, marchará de mãos dadas com essa oposição, considerando os constantes ataques públicos ao Governo Federal e suas históricas posições políticas.
Portanto, a antecipação e as provocações políticas, dando conta que o Governador Mineiro era carta fora do baralho, nada mais serviram para revigorar sua vontade de ocupar o lugar que há vinte cinco anos, seu avô, por motivo de saúde, fora impedido de ocupar!
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